sábado, 13 de agosto de 2011

Ciranda de Pedra, 1981


Pude acompanhar a novela Ciranda de Pedra, versão de 1981, em sua reprise apresentada dentro do TV Mulher, em 1983. Tinha uns 14 anos, nesta época. Novela apaixonante, folhetinesca e envolvente. Como não se emocionar com o drama da doce Virgínia (Lucélia Santos), renegada pelo pai (Natércio Prado, de Adriano Reys) e pelas irmãs (Otávia de Priscila Camargo e Bruna de Silvia Salgado), encontrando apenas o apoio na mãe doente, bipolar, Laura, vivida intensamente por Eva Wilma, e no “tio” Daniel (Armando Bógus), que descobre-se mais tarde ser na verdade o seu pai biológico. Inesquecível também foi a atuação de Norma Blum, como a governanta alemã Frau Herta, com ares nazistas, severa e intransigente.


Os anos 40 foram poucas vezes reproduzidos em nossa teledramaturgia. E em Ciranda de Pedra estiveram magnificamente representados, com todo o charme, distinção e sobriedade da época da Segunda Guerra. E é preciso lembrar que essa novela pouco tem a ver com a versão de Alcides Nogueira do mesmo livro, que foi ao ar em 2008.

Tenho boas lembranças de Ciranda, como uma novela bonita, emocionante, com um tema pesado, denso, mas irresistivelmente folhetinesco nas mãos de seu adaptador, o experiente Teixeira filho, que vinha da Tupi. Era uma trama calcada em personagens fortes e complexos, o que exigia interpretações à altura. E o seu elenco deu conta do recado!

A mim deixou saudades. Como o cantado em seu tema de abertura:

“Melancolicamente… voltei ao passado…”


a novela no site: Ciranda de Pedra

7 comentários:

  1. Excelente escolha para a estreia do blog, Nilson. Era criança, via o Sítio e depois as novelas das seis, me recordo dela em passagens fortes e marcantes. Foi uma trama com um texto bem apurado, direção segura e como você disse com interpretações à altura do belo roteiro.

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  2. Opa, Nilson boa sorte ai p/ o Blog. O seu site já é fantástico.

    Como se fosse brincadeira de roda memoriaaaaaaaaaaa... Não gostei do remake da novela, mas a primeira versão, certamente, deve ter sido linda. Rsrsrs

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  3. Nilson, parabéns pela iniciativa. Ciranda de Pedra (na minha memória) foi uma novela densa, pesada, bem triste mesmo. Norma Blum, gélida. Muitos silêncios também; lembro-me que era uma novela bem silenciosa.

    Um abraço,
    Philosopop!

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  4. Muito legal o texto, Nilson. Percebe-se que o remake de 2008 foi realmente equivocado, com erros tanto na adaptação do texto quanto na escalação do elenco.

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  5. Tenho bastante curiosidade sobre essa versão da novela, já que não pude assistir. Me parece que foi mais fiel ao livro do que a segunda, onde o autor optou por dar um ar mais leve à história.

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  6. A novela de 1981 pega apenas a primeira parte do livro de Lygia Fagundes Telles, quando Virgínia é adolescente, e realmente foi mais fiel que a segunda versão, dos anos 2000, que tomou toda a liberdade de mexer na história.

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  7. É uma sugestão,que a globo possa reprisar a primeira versão para recordarmos,foi linda!Ah! pode ser no viva!!!

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