domingo, 14 de agosto de 2011

Pai Herói

Em 1979 eu tinha dez anos de idade e lembro que o grande sucesso na televisão naquele ano foi a novela Pai Herói, de Janete Clair. Eu não assistia - quando criança, só gostava das "novelas das sete". Mas me recordo muito bem que minha professora vivia comentando com outra sobre os capítulos e os dramas de André e Carina, casal romântico central da novela interpretado por Tony Ramos e Elizabeth Savala. O sucesso foi tanto que pode-se medi-lo pela quantidade de Andrés e Carinas que hoje tem 32 anos - assim batizados em homenagem aos protagonistas da novela. 
Pai Herói ficou marcada pela brilhante interpretação de Glória Menezes, como Ana Preta, mulher sofrida, do povo, dona de uma casa de gafieira, apaixonada pelo seu "protegido" André. E Paulo Autran - em sua estreia em novelas - como o italiano histriônico Bruno Baldaracci, um tipo mafioso, de caráter dúbio, mas adorado pelo público, pelo seu jeito bonachão e engraçado. E houve um vilão terrível, César Reis (Carlos Zara), marido de Carina, que acabou assassinado na última semana da novela, gerando mais um "quem matou". Uma curiosidade é que o público não entendeu o final deste mistério e Janete Clair teve que ir à televisão explicar que Baldaracci era o assassino.

Mas o que me marcou mesmo foi a abertura da novela: qual criança da época não queria ter um quebra-cabeças como aquele? E a sua música-tema, "Pai", cantada por Fábio Jr., que virou hino obrigatório do Dia dos Pais desde então. Claro que a homenagem do Dias dos Pais na minha escola - eu estava na 4ª série no longínquo 1979 - teve coral de crianças - no qual eu estava incluído - cantando a música de Fábio Jr.

Feliz Dia dos Pais Heróis! 


"Pai, você foi meu herói, meu bandidooo..."


a novela no site: Pai Herói

8 comentários:

  1. Muito bem lembrado Nilson. Eu me lembro perfeitamente dessa novela. Eu sou mais velho que você, portanto eu já assistia a novela das 20h00... rsrs... Abraço,

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  2. A primeira cena de amor em novelas de que me lembro foi a de André e Carina, uma cena na chuva que nunca mais vi. Eu tinha cinco anos e fiquei apaixonada por Tony Ramos. Na escolinha, um dos meninos me disse que eu era "mais bonita que a Carina", o que era o maior elogio que uma garotinha poderia receber na época. E para ficar tudo ainda mais encantado, ela era uma bailarina. Linda Elizabeth Savalla. Gostaria muito de rever esta novela.

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  3. A impressão que tive do compacto de Pai Herói é que Carina foi uma das mocinhas mais depressivas da história da teledramaturgia! rs. Tá sempre querendo morrer e até manipule André, para que ele a execute. Bons momentos de Glória Menezes e Paulo Autran, sem dúvida. O compacto mal feito, de uma hora e meia, só deixou gostinho de quero mais.

    Não consigo te imaginar criança, cantando em coral de escola, Nilson. hehe... Parabéns pelo blog. Abraço!

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  4. Uma das novelas que mais tenho curiosidade pra assistir. Felizmente, só assisti àquele compacto do "Festival 15 anos" e deu gostinho de "quero mais". Sim, a abertura é de cortar o coração...rs! Parabéns pelo texto e que bom que retomou a ideia do blog!

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  5. Eu era um moleque, mas já curtia essa novela. Eu torcia pra Ana Preta ficar com o André, rsrs Lembro tb dos personagens de Rosamaria Murtinho e Claudio Cavalcanti, que faziam par romântico ao som de "Mirrors", de Sally Oldfield (é a Sally Field, a Noviça Voadora?). Marcou muito tb o tema de André e Carina, "Alouette", cantada pela Denise Emmer. A cena em que André invade o ap de Carina, como um bandido, ela pede para ele matá-la e acabam se apaixonando é um clássico! Por fim, lembro do Baldaracci fugindo de helicóptero, no final. Muito boa lembrança, Nílson!

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  6. O compacto da novela do Festival 15 Anos é péssimo, mal editado, confuso!.

    Sim Duh, cantei em coral, participei de bandinha na escola, acredite! ;)

    E Pai Herói merece um remake, hein Vitor!

    Ótimas lembranças Antonio e Let´s!

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    1. Que remake, que nada...para um bando de atorezinhos ridículos fazerem papéis consagrados...Ainda bem que a Globo não foi nessa e liberou a reprise no Canal Viva.

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    2. Que remake, que nada...para um bando de atorezinhos ridículos fazerem papéis consagrados...Ainda bem que a Globo não foi nessa e liberou a reprise no Canal Viva.

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